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Depressão: a doença do século
30/08/2019




Tristeza profunda, pensamentos negativos, baixa autoestima, culpa, estresse e alterações no sono são sinais de uma doença silenciosa e que merece ser encarada com mais atenção pela sociedade

Os brasileiros acreditam, de modo geral, ter maior conhecimento sobre a doença do século: a depressão. Mas na realidade, falta informação e muitos possuem uma concepção equivocada do problema e seus sintomas. A depressão deve ser levada a sério e não encarada com preconceito, carregando rótulos como: “frescura”, “uma fase que logo passa” ou, ainda, “doença de preguiçosos”.

Trata-se de um distúrbio afetivo manifestado por sintomas emocionais e físicos. Há presença de apatia, pessimismo e baixa autoestima, que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si. Assim, interferem na habilidade do indivíduo não só para trabalhar, bem como para estudar, comer, dormir e apreciar atividades antes agradáveis.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 350 milhões de pessoas do mundo sofrem com depressão. Consiste, assim, em 5% da população mundial. “O brasileiro com mais acesso à informação de mídia (rádio, TV, internet) consegue obter mais informações sobre os sintomas da depressão, evidenciando a doença. Porém, ela sempre esteve presente, cercada de muito preconceito e desinformação. Dessa forma, entendendo-a como uma doença tal qual ela é, faz-se imprescindível o acompanhamento médico, tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado”, informa o psicólogo do Hospital Israelita Albert Einstein, Thiago Amaro.

Depressão: doença relacionada com a vida moderna

Estudos apontam que o aumento da depressão pode estar relacionado com a vida que se leva nas grandes cidades. Segundo a OMS, São Paulo é a cidade com maior índice de perturbações mentais no mundo. A depressão pode aparecer em todas as idades e em ambos os sexos e classes sociais. Os dados são da Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (Abrata). A pesquisa foi realizada por meio do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), no estado de São Paulo. Foram entrevistados 793 homens e mulheres, com mais de 18 anos de idade. O objetivo era identificar a incidência de pessoas com depressão.

A pesquisa apurou que a doença é muito mais representativa nas pessoas mais jovens. Há maior incidência em 25% dos entrevistados na faixa etária de 18 a 29 anos. Este grupo é seguido por pessoas entre os 30 e 39 anos, que apresentam um índice de 23%. Porém, deve-se destacar que esses dados se referem à ocorrência do primeiro episódio.

Doença atinge crianças e adolescentes

A preocupação com a depressão em crianças e adolescentes é recente. Quando surge nesta faixa etária, afeta múltiplas funções e causa danos psicossociais significativos. As causas de quadros depressivos são as mesmas em todos os estágios da vida. Contudo, nessa fase em específico, é preciso observar como vivenciam situações de perdas, luto, mudanças, separações.

“Na adolescência, eles podem apresentar um comportamento agressivo, para camuflar os sintomas depressivos. Além disso, a passagem de uma etapa de vida para outra também acarreta mudanças. E toda mudança pode ser considerada uma crise em busca de uma nova identidade, deixando jovem adulto suscetível à depressão”, salienta a psicóloga do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Luciana Sasso.

Artigo escrito por: https://guiadafarmacia.com.br/materia/depressao-o-novo-mal-do-seculo/

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